O homem e a mulher são conhecidamente diferentes em vários aspectos de comportamento. Desde a infância estas variações podem ser notadas. O menino geralmente é mais agitado, ao passo que a menina tende a ser mais tranqüila. No decorrer da adolescência até a idade adulta, estas diferenças se acentuam: as meninas tendem a ser mais centradas, amadurecem mais cedo, são mais responsáveis e mais vaidosas. Mas, de todas elas, a que mais me chama a atenção é o comportamento masculino diante de problemas de saúde. Enquanto a maioria das mulheres os encara com coragem (é evidente que sempre existem exceções), o homem tende a fraquejar em vez de enfrentá-los. Ele tende a se acomodar, se isolar e se afastar da rotina dos tratamentos, e ela os enfrenta. Vale ressaltar que essas observações são frutos da minha prática diária de consultório e não devem ser tomadas como regra.
A infertilidade masculina é em princípio muito mais "sofrida" do que a feminina, pois alguns homens associam esse fato à masculinidade e virilidade. Ser infértil parece despertar nos homens sentimentos de impotência e menos valia, entre outros. Ainda hoje, alguns segmentos da sociedade tendem a responsabilizar a mulher pelas dificuldades do casal em ter filhos. Muitos homens ainda se recusam a fazer o exame do seu esperma (espermograma), justificando que caberá à mulher fazer a investigação inicial, e só depois dos exames dela resultarem negativos é que darão início aos seus exames. Puro engano, pois como já foi explicado de todas as causas de infertilidade, 50% cabem ao homem. Existem vários exames que a mulher faz que são desconfortáveis e que poderiam ser dispensados se o exame do sêmen apresentar problemas graves e irreversíveis. Todas as alterações que prejudicam a fertilidade do homem são consideradas por ele constrangedoras, mas a considerada pior e mais traumática, sem qualquer dúvida, é a ausência total de espermatozóides, chamada azoospermia. Existem várias causas para este problema, que já foram descritas no decorrer deste site e de alguma forma, a maioria delas têm um tratamento específico para que o homem seja pai. Mesmo assim, o primeiro impacto emocional deste resultado é avassalador, pois de alguma forma parece afetar o moral do homem.
Sentem-se decepcionados, envergonhados e alguns até deprimidos, pois esta possibilidade raramente passa pela imaginação no sexo masculino. Não que a mulher seja insensível quando o problema é com ela, mas a forma de encarar os fatos geralmente é diferente no sexo feminino. Ela procura reerguer-se com coragem, enquanto o homem precisa de apoio, compreensão e de mãos estendidas para se levantar, encarar os fatos e participar do tratamento de forma ativa. Geralmente essa iniciativa para sua recuperação vem da sua própria mulher. É nesta hora que se descobre qual é o verdadeiro sexo frágil [leia mais sobre o assunto em "Depoimentos - Homens com "H" maiúsculo".
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